quinta-feira, 31 de outubro de 2024

BISPO DA IGREJA CATÓLICA DE ITABUNA PEDE RENÚNCIA DO CARGO APÓS SER ACUSADO DE FUNCIONÁRIO FANTASMA DO GOVERNO DE SERGIPE E PAPA ACEITA.


 O Papa Francisco aceitou o pedido de renúncia do bispo dom Carlos Alberto dos Santos, que liderava a Diocese de Itabuna desde 2017. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela Nunciatura Apostólica no Brasil.

Autoridade máxima da Igreja Católica, o Papa nomeou dom Jailton de Oliveira Lino, atual bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas, no extremo-sul baiano, como administrador apostólico da Diocese de Itabuna, que abrange mais 18 municípios: Buerarema, São José da Vitória, Jussari, Arataca, Camacan, Pau Brasil, Santa Luzia, Una, Canavieiras, Mascote, Itapé, Ibicaraí, Floresta Azul, Santa Cruz da Vitória, Itaju do Colônia, Firmino Alves, Itororó e Potiraguá.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil agradeceu ao bispo emérito de Itabuna pela dedicação ao sacerdócio. “A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressa profunda gratidão por sua dedicação e liderança à frente da Diocese de Itabuna, na Bahia. Desejamos que sua nova missão seja repleta de bênçãos, e que o Senhor continue a guiá-lo em todos os seus passos”, diz a mensagem.

O Ministério Público do Estado de Sergipe acusou dom Carlos Alberto de receber salários do Governo de Sergipe sem trabalhar por 16 anos. Nesse período, segundo a acusação, ele era lotado como professor da rede estadual de ensino de Sergipe e exercia o bispado na Bahia. Ainda conforme o órgão, os pagamentos supostamente indevidos somam $ 778.127,59.

O caso veio à tona em março de 2023, quando a Justiça sergipana acatou pedido do MP-SE e determinou o bloqueio de bens do bispo. Na época, dom Carlos julgou inadequada a acusação de que ele seria um funcionário fantasma, pois ainda não havia sido citado para apresentar defesa na ação de improbidade administrativa.

Nos últimos anos, dom Carlos Alberto dos Santos também lidou com problemas de saúde. Até o momento, o agora bispo emérito não se manifestou publicamente sobre a renúncia.

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