quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Ubaitaba: Saiba quem era o diretor de escola que era procurado por homicídio e estelionato

O diretor de uma escola pública, preso na terça-feira (27) por homicídio e estelionato, construiu família e carreira em cima de mentiras. De acordo com a Polícia Civil da Bahia, nem a esposa do homem sabia que ele havia forjado uma identidade.

Ex-policial militar, Élio Camilo morava há pelo menos 13 anos em Ubaitaba, no sul da Bahia, e se apresentava como Geraldo Dantas Silva. Com essa nova identidade, ele prestou concursos públicos, se casou e registrou os dois filhos.O homem de 56 anos foi autuado também em flagrante pelo uso de documentos falsos. Ainda na terça, ele foi transferido para o Conjunto Penal de Itabuna.

Veja abaixo o que se sabe sobre os crimes:

Carreira

Élio foi aprovado em pelo menos dois concursos para professor — nas cidades de Maraú e Ubaitaba. A direção do Núcleo Regional de Educação informou que ele era concursado do estado há 13 anos, tendo passado pouco mais de dois anos gerindo o Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes.A descoberta sobre a verdadeira identidade e a ficha criminal dele gerou comoção na comunidade escolar. As aulas chegaram a ser suspensas, mas já foram retomadas nesta quarta (28).

Em entrevista à TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia na região, alunos destacaram o choque com a notícia. “Foi algo que pegou a gente muito de surpresa, porque ninguém imagina uma situação dessa”, disse o estudante Reinaldo Nogueira.Maria Clara Damasceno descreveu como “revoltante” a falsa identidade do diretor, que costumava se manter próximo dos jovens. “Ele dialogava com a gente nos intervalos, sempre foi muito próximo da gente e foi um choque muito grande tanto pra mim quanto pra diretoria, para os professores”.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) disse que exonerou o servidor do cargo imediatamente. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (28).O g1 questionou à pasta quais cargos Élio Camilo ocupou ao longo de sua trajetória como servidor público, mas a SEC disse apenas que abriu um processo para apuração. A gestão do Instituto de Educação de Tempo Integral ficará a cargo do vice-diretor temporariamente.

Passado de crimes

Élio era foragido da Justiça mineira há 15 anos, condenado por dois homicídios ocorridos cerca de 30 anos atrás. A Polícia Civil mineira afirma que ele fugiu em 2009, quando deixou o presídio em uma “saidinha temporária”.Em meio à fuga, o homem morou em Vilhena, cidade de Rondônia. Por lá, foi acusado também de estelionato, acumulando outro mandado de prisão.

Ao ser capturado no sul da Bahia, ele não ofereceu resistência e disse ter consciência de que um dia poderia ser encontrado. Na ocasião, Élio foi preso também em flagrante por uso de documentos falsos.A prisão contou com apoio do Setor de Inteligência da Coordenadoria de Operações Estratégicas (COE) da Polícia Civil de Minas Gerais. Policiais da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus) também participaram da operação.*Com as informações dio G1 no (Grita Ubatã.com.br)

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