De acordo com a denúncia feita por Ednaldo Ribeiro, uma mulher de Muriaé, no interior de Minas Gerais, identificada como V., teria sido abordada no Instagram pelo vereador, que a teria oferecido a quantia de R$ 33 mil para que ela gravasse um vídeo chorando e acusando o prefeito cruzalmense de estupro.
“O prefeito de Cruz das Almas está acabando com nossa terra. E precisamos tirar ele de lá. Gostaria que você me mandasse um vídeo ou um áudio. Contando passo a passo que ele te estuprou. Que você veio na cidade em busca de algo melhor”, teria escrito o vereador a V., conforme registro feito em cartório.
Ricardo Pinheiro teria ainda realizado a reserva de um quarto no Hotel Valparaíso, em Cruz das Almas, para hospedar V. na cidade entre os dias 21 e 25 de setembro, com a falsa justificativa de que realizaria uma prova do concurso público da prefeitura cruzalmense, dando assim o mínimo de embasamento à pretendida denúncia
Entretanto, conforme imagens verificadas em cartório e às quais o BNews teve acesso, a mulher se negou a topar o absurdo.“Eu não consigo fazer isso. Desculpe. Ainda mais dizer algo que não aconteceu”, diz V. a Ricardo Pinheiro, através de mensagens privadas no Instagram. Imagem registrada em cartório pelo prefeito de Cruz das Almas.
Imagens feitas pelo prefeito Ednaldo Ribeiro e verificadas em cartório (alterada para não expor imagens de outras mulheres de nome “V.”) Ocorre que, na última quinta-feira (10), V. resolveu procurar o prefeito diretamente, para contar as supostas artimanhas que estariam sendo construídas pelo seu adversário político. Ednaldo, então, reuniu as provas, foi ao cartório registrá-las e depois se dirigiu à Delegacia Territorial de Cruz das Almas, onde fez um boletim de ocorrência.Procurado pelo BNews, o vereador Ricardo Pinheiro afirmou que não se manifestará antes de ser notificado judicialmente.
“Eu vou aguardar o posicionamento da Justiça. Eu tive esse conhecimento e estou aguardando agora ser notificado. Até o presente momento, eu não fui notificado”, afirmou Pinheiro. Citada na denúncia, V. também foi procurada pela reportagem e se posicionou sobre o caso. “Não acho justo ter esse tipo de comportamento. Ainda mais com quem nunca fez nada com a gente, ainda mais com uma acusação dessa”, defendeu-se.
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